A ideia de que o alto consumo de proteína causa problema nos rins é algo que as pessoas debatem há anos.
A ideia vem desde o início dos anos 80 quando um cara chamado Barry
Brenner sugeriu(1) que existia uma ligação entre dietas com proteína e
doenças nos rins. Em resumo, a teoria era de que comer grandes
quantidades de proteína diariamente compromete a função do órgão, que
consequentemente aumenta o risco de doenças nos rins.
É verdade
que dietas com baixa proteína previnem a deterioração da função renal em
pacientes com falha dos rins(2). Isto acontece porque um dos principais
trabalhos dos rins é remover os subprodutos da proteína do nosso corpo.
Eles funcionam como uma peneira, filtrando todas as substâncias ruins
do sangue e mandando-as para a bexiga para serem eliminadas através da
urina.
A ideia vem desde o início dos anos 80 quando um cara chamado Barry
Brenner sugeriu(1) que existia uma ligação entre dietas com proteína e
doenças nos rins. Em resumo, a teoria era de que comer grandes
quantidades de proteína diariamente compromete a função do órgão, que
consequentemente aumenta o risco de doenças nos rins.
É verdade
que dietas com baixa proteína previnem a deterioração da função renal em
pacientes com falha dos rins(2). Isto acontece porque um dos principais
trabalhos dos rins é remover os subprodutos da proteína do nosso corpo.
Eles funcionam como uma peneira, filtrando todas as substâncias ruins
do sangue e mandando-as para a bexiga para serem eliminadas através da
urina.
O problema, é que a maioria das evidências científicas citadas por
Brenner foram baseadas em testes com animais ou pacientes com doenças
nos rins pré-existentes. Enquanto a restrição de proteína pode ser boa
para alguém que já tenha doenças renais, não existe evidências que
mostram que dietas com alta proteína podem prejudicar pessoas com rins
saudáveis.
Inclusive, um estudo realizado por pesquisadores da
Bélgica, examinou a dieta de atletas jovens para ver se o seu alto
consumo de proteína gerou algum impacto negativo na função renal. Um
grupo consistia apenas de fisiculturistas, eles consumiam cerca de 1.9
até 2.8 gramas de proteína por kg de peso corporal.(3)
Apesar do alto consumo de proteína, as amostras de sangue e
urina dos fisiculturistas mostraram que a função renal estava dentro do
normal.
Pesquisadores da Universidade de Connecticut chegaram a uma conclusão
similar(4). Após revirarem dezenas de estudos sobre proteína e função
renal, eles não conseguiram achar evidências que comprovavam uma ligação
clara entre ingestão de proteína e danos aos rins em pessoas saudáveis.
Como
se não fosse suficiente, existem estimativas(5) de que nossos
ancestrais da pré-história consumiam cerca de 230 gramas de proteína por
dia. Para alguém pesando 80kg, isto seria 2.9 gramas por kg de peso
corporal, o número chega ser maior que a recomendação “básica” para
qualquer pessoa que queira ganhar massa muscular, que é de 2g/kg.
A proteína faz parte da dieta humana há milhares de anos e ainda não
existe uma boa razão para acreditar que o seu consumo pode ser danoso a
saúde (de pessoas saudáveis).
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